terça-feira, 27 de maio de 2014

“Eco dos Astros”: Projeto divulga pesquisas científicas feitas no Brasil

Já reparou que a maior parte das notícias de Astronomia que a gente vê por aí, são de universidades ou instituições gringas? É, mas os estrangeiros não são os únicos com os telescópios apontando para o alto. O projeto Eco dos Astros está aí para provar que as instituições brasileiras contribuem bastante para ajudar a desvendar mistérios do Universo.

A ideia, que surgiu no Departamento de Física da Universidade Federal de Sergipe (UFS), é simples: proporcionar educação científica a partir de pesquisas em Astrofísica realizadas em instituições brasileiras. A proposta é que todo mundo que queira saber um pouco mais sobre Astrofísica aprenda algo novo com o que foi produzido aqui no Brasil. Mas tem um desafio aí: como ensinar um tema tão complexo e explicar tudo de forma clara? De acordo com Raimundo Lopes de Oliveira, doutor em Astrofísica da UFS, a palavra-chave da educação científica não é diferente dos métodos normais de ensinamento: curiosidade!
Para o astrofísico, é imprescindível que o interesse pelo assunto seja aguçado desde a infância, por pais e professores, e continue até a universidade, onde é mais fácil o acesso a recursos de pesquisa, em locais como museus e planetários, e através de atividades como olimpíadas de ciência dirigidas ao público em geral. Além disso, é importante que o tema esteja presente nos veículos de comunicação. Dessa maneira, dá para atingir até mesmo quem não se interessa por descobertas, cálculos e teorias. “A nossa ligação com o Cosmos é maior do que as pessoas normalmente tem consciência”, diz Raimundo. Ele dá o exemplo: “O ferro que corre em suas veias não foi formado nem no planeta Terra e nem no Sol: foi formado nos suspiros finais de estrelas”.
A pesquisa em Astronomia no Brasil tem crescido a passos largos com forte colocação e reconhecimento internacional. “O projeto Eco dos Astros pretende mostrar um pouco dessa história, no momento em que ela está sendo escrita”, diz Raimundo. O que falta é dar mais espaço para as produções científicas nacionais na mídia. Se depender do “Eco dos Astros”, o Brasil também vai entrar para a história da ciência.

Fonte:Superintessante

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